
Leva-me nos teus braços, tapa-me os olhos para que não saiba para onde vou e os ouvidos para que não perceba se me levas de comboio, barco ou num tapete mágico, ou então distrai-me durante a viagem para que não veja na sala de embarque a cidade de destino e surpreende-me com a tua doçura e imaginação.
(...) Não me digas que não podemos ir. (...) Não me digas que é um disparate, uma loucura, uma missão impossível a bater coma porta e esquecer tudo, pegar numa mochila com dois ou três livros e outros cadernos de capa preta onde poderemos marcar como pedras de um caminho novo e diferente que vamos descobrindo na claridade dos dias silenciosos e libertos, sem rumo nem direcção, confiando no instinto e no acaso, guiando-nos pelas estrelas e pelas marés até chegarmos a um lugar qualquer onde as crianças aprendam a ler ao ar livre e brinquem com bonecos de pau, um lugar onde não haja pilhas nem telemóveis e o presente seja o único futuro.
Não sei se este lugar existe ou não ou se estou tão cansada que fujo dentro de mim própria para uma ilha inventada na minha exaustão, mas sei que só contigo é que posso lá chegar, porque só tu tens coração de homem em alma de passáro, só tu possuis asas do tamanho das minhas e me acompanhas nos voos que faço sobre a vida e a morte, só tu sabes onde me escondo, só tu me podes descobrir no meu labirinto onde procuro, entre as tuas palavras e a tua companhia, um equilíbrio quase perfeito a que a gente comum gosta de chamar felicidade. »
Amo-te tanto, meu amor. ♥
- estou a seguir, segues-me? ^^
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